O HPV e o câncer de garganta têm uma relação direta que vem sendo cada vez mais estudada pela comunidade médica. Embora o vírus seja mais conhecido por causar lesões genitais, ele também pode afetar a região da boca e da garganta, sendo responsável por uma parcela significativa dos casos de câncer de orofaringe, área que inclui amígdalas, base da língua e paredes da garganta.
A boa notícia é que, com informação e prevenção, é possível reduzir de forma expressiva o risco de desenvolvimento desse tipo de câncer.
O que é o HPV e como ele está relacionado ao câncer de garganta
O HPV (Papilomavírus Humano) é um vírus altamente contagioso, transmitido principalmente por contato sexual. Existem mais de 150 tipos de HPV identificados, e alguns deles, especialmente os tipos 16 e 18, são considerados de alto risco oncológico, pois estão associados ao desenvolvimento de diversos tipos de câncer, incluindo o câncer de garganta.
Na região da orofaringe, o HPV pode infectar as células da mucosa e causar alterações genéticas ao longo do tempo. Essas mutações podem levar ao surgimento de tumores malignos, mesmo em pessoas que nunca fumaram nem consumiram álcool, dois fatores de risco clássicos para o câncer de garganta.
HPV câncer de garganta: como ocorre a transmissão
A principal forma de transmissão do HPV é por contato direto com mucosas infectadas, geralmente durante relações sexuais orais sem proteção. O vírus também pode ser transmitido pelo contato boca a boca, embora esse modo seja menos comum.
Em muitos casos, a infecção pelo HPV é assintomática e o organismo consegue eliminá-la naturalmente. No entanto, quando o vírus persiste por longos períodos, pode causar alterações celulares que evoluem para o câncer.
Além disso, fatores como múltiplos parceiros sexuais, início precoce da vida sexual e imunidade baixa aumentam o risco de infecção persistente e, consequentemente, de câncer de garganta associado ao HPV.
Sinais e sintomas do câncer de orofaringe causado por HPV
O câncer de garganta relacionado ao HPV tende a se manifestar de forma silenciosa no início, o que pode atrasar o diagnóstico. Alguns sintomas que merecem atenção incluem:
- Rouquidão persistente
- Dor ao engolir
- Dificuldade para falar ou respirar
- Sensação de corpo estranho na garganta
- Caroço no pescoço que não desaparece
- Dor de ouvido sem causa aparente
Ao perceber esses sinais, é essencial procurar um otorrinolaringologista ou cirurgião de cabeça e pescoço para avaliação detalhada. O diagnóstico precoce aumenta consideravelmente as chances de cura.
Como prevenir o HPV e o câncer de garganta
A prevenção do HPV e do câncer de garganta envolve uma combinação de medidas simples e eficazes:
- Vacinação contra o HPV:
É a principal forma de prevenção. Indicada tanto para meninas quanto para meninos, preferencialmente antes do início da vida sexual. A vacina protege contra os tipos de HPV mais associados ao câncer. - Uso de preservativos:
Reduz o risco de contágio durante relações sexuais, incluindo o sexo oral. - Acompanhamento médico regular:
Consultas periódicas com o especialista ajudam a detectar precocemente alterações na garganta, amígdalas e laringe. - Evitar tabaco e álcool:
Esses hábitos potencializam os efeitos do HPV e aumentam o risco de tumores na região da cabeça e pescoço. - Atenção aos sintomas:
Qualquer rouquidão, dor ou nódulo persistente no pescoço deve ser investigado por um médico.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico do HPV câncer de garganta é feito por meio de exames clínicos e endoscópicos, podendo incluir biópsia para análise laboratorial do tecido afetado.
O tratamento depende do estágio da doença, podendo envolver cirurgia, radioterapia e quimioterapia.
Em casos de tumores iniciais, a cirurgia pode ser curativa, com excelente prognóstico e preservação das funções de fala e deglutição. Por isso, identificar precocemente é indispensável.
Viver bem após o tratamento
Pacientes tratados de câncer de garganta por HPV costumam ter boas taxas de resposta e qualidade de vida satisfatória após o tratamento, especialmente quando há acompanhamento contínuo e suporte multidisciplinar.
Manter hábitos saudáveis, evitar o cigarro e seguir com acompanhamento médico regular são passos essenciais para prevenir recorrências e garantir uma recuperação plena.
O HPV e o câncer de orofaringe estão diretamente ligados, e a prevenção é a melhor estratégia para evitar complicações graves. A vacinação, o uso de preservativos e a atenção a sintomas persistentes são medidas simples que salvam vidas.
Se você apresenta rouquidão, dor de garganta ou caroço no pescoço, procure avaliação com um especialista em cabeça e pescoço. O diagnóstico precoce faz toda a diferença no tratamento e na qualidade de vida.
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